Pobre e cega mariposa De beijos em carmim lambuzados Sentindo-se da flor esposa Beijou nos lábios errados
Luiza luz Conduzindo da Imperatriz A bateria Rainha Enche de cor A Avenida Das estrelas Luzidio colar Pedraria Encanta o Rio
Eu não sei como resistir Ao que faz eriçar da poesia os pelos E a lança nos desmazelos Dos versos boêmios De contornar as bordas da taça E de segurar-lhe com tamanha força o pedestal Para dizer em silêncio De como é bom embriagar-se de vida De como é bom envolver-se na música Retomar pontos abandonados E sentir a morte oferecer Os lábios do supremo E inexplicável gozo que há na matéria